Análise: Coritiba mantém ritmo no ataque, mas preocupações com defesa no jogo aéreo demandam prioridade

O empate por 2 a 2 contra o Maringá, no Couto Pereira, oferece duas perspectivas distintas para os torcedores do Coritiba. A primeira, voltada para o desempenho ofensivo, revela a manutenção do ritmo que o coloca como o melhor do Campeonato Paranaense de 2024. Contudo, a segunda perspectiva, mais preocupante, recai sobre a fragilidade defensiva no jogo aéreo.

Do ponto de vista ofensivo, Robson mais uma vez liderou o ataque, contribuindo para os 21 gols marcados até o momento (nove deles provenientes de seus pés certeiros). O camisa 30 tem se mostrado uma força irresistível, como é carinhosamente apelidado pelos torcedores do Coxa. O setor ofensivo, até agora, não tem decepcionado, em grande parte graças à excelente forma do artilheiro.

Contra o Maringá, Robson não foi apenas protagonista nas finalizações. Ele também se destacou ao ajudar na marcação e na construção de jogadas que poderiam ter garantido a vitória para o Coritiba. Em duas ocasiões notáveis: primeiro, ao servir Vini Paulista, que finalizou para uma defesa do goleiro, e depois ao tabelar com Figueiredo, resultando em um chute certeiro de Bianqui que acertou a trave.

Considerando o volume ofensivo gerado nos jogos da fase inicial do Estadual, o Coritiba parece estar no caminho certo. No entanto, é preciso se atentar aos erros que podem ser determinantes para a falta de resultados. Um exemplo é o gol desperdiçado pelo jovem Brandão, sem entrar em detalhes sobre seu controle de bola ou a condição do gramado.

O outro lado da análise, e talvez o mais preocupante, é a fragilidade defensiva no jogo aéreo. Contra o Maringá, foram mais dois gols sofridos após cruzamentos para a área. O primeiro ocorreu logo aos dois minutos após uma cobrança de falta lateral, e o segundo após um escanteio. Em ambos os lances, os defensores do Coxa não demonstraram a devida atenção à movimentação dos adversários.

O mais preocupante é que essa não é uma situação isolada. O Coritiba já demonstrou vulnerabilidade em outras ocasiões. Independentemente de quem ocupe a linha defensiva, os erros parecem ser recorrentes. Isso ficou evidente, por exemplo, na partida contra o Azuriz (a única derrota até o momento) e também no confronto com o Andraus (que terminou em vitória de virada por 3 a 1).

A chegada de Marcelo Benevenuto pode contribuir para corrigir essa falha, mas como bem apontou o técnico Guto Ferreira, isso demandará tempo. No entanto, o lado positivo é que o treinador reconhece que essa é a questão crucial para a construção do time e se compromete a priorizar o equilíbrio defensivo.

Afinal, o próximo desafio é nada menos que o clássico contra o rival Athletico. Um jogo que mexe com as emoções dos torcedores. Portanto, o primeiro passo para ficar mais próximo da vitória é evitar sofrer gols.

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