Campinas, SP, 06 de ( AFI)- Retirado prematuramente da programação da TV Record durante as transmissões do Paulistão, o narrador Oliveira Andrade, de 73 anos, falou sobre sua controversa demissão, ocorrida após apenas duas transmissões, e afirmou que guarda mágoa de Luís Roberto, a principal voz dos jogos de futebol exibidos na Rede Globo. O veterano, que trabalhou na emissora carioca nas décadas de 1980 e 1990, relembrou o início da carreira do colega no canal.

“Encontrei o Luís Roberto várias vezes nos estádios. Ele, pela rádio, eu, pela TV. Ele sempre vinha falar comigo. Em uma dessas vezes, ele me entregou duas fitas com narrações dele na Bandeirantes. ‘Pô, me dá uma força lá’. Eu levei as fitas e entreguei. Eu já sabia que a Globo estava querendo contratar outro narrador”, disse Oliveira Andrade, em entrevista ao podcast “Tomando Uma Com…”.

“Fiquei chateado com o Luís Roberto. Porque quando ele foi contratado, ele não teve uma palavra comigo, não. Não teve um ‘Pô, você me deu uma força. Muito obrigado’. Nada disso. Na época, me chateei. Não tenho nada contra ele, é um bom sujeito”, afirmou.

Ao comentar sobre Luís Roberto ter se tornado o principal narrador da Globo após a aposentadoria de Galvão Bueno, Oliveira Andrade sugeriu que ele provavelmente teve vantagem por morar no Rio de Janeiro. Assim, teria mais proximidade com os donos da emissora.

O experiente narrador também revelou um apelido do colega. “Conheço o Luís Roberto, tanto que o apelido dele é ‘senador’. Ele é cheio de dar tapinha nas costas, não hesita em fazer amizades. Se ele encontrar o Roberto Irineu Marinho em algum lugar, ele vai lá e faz uma festa. É o jeito dele, sempre muito simpático”, descreveu.